Characterization of condensed tannins from native legumes of the Brazilian northeastern semi-arid
Mendes Guimarães-Beelen, PatríciaTeresinha Berchielli, TelmaBeelen, RogerAraújo Filho, JoãoGisele de Oliveira, Simone
Apesar da possível influência do tanino sobre o valor nutritivo das forrageiras da Caatinga, poucos são os estudos que avaliam a concentração de taninos nestas plantas. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os taninos condensados presentes nas espécies Mimosa hostilis (Jurema Preta), Mimosa caesalpinifolia (Sabiá) e Bauhinia cheilantha (Mororó), em três fases do ciclo fenológico. As concentrações de tanino solúvel (TS), tanino ligado ao resíduo (TL) e tanino total (TT) foram determinadas pelo método butanol-HCl; a adstringência foi avaliada pelo método de difusão radial e a composição de monômeros dos taninos purificados através do sistema de cromatografia líquida de alta resolução, utilizando delfinidina, cianidina e pelargonidina como padrões. A concentração e adstringência dos taninos condensados purificados, assim como sua composição monomérica, variou entre as espécies e, em alguns casos, entre os ciclos fenológicos. Os valores foram superiores aos considerados benéficos a digestão ruminal (5%). Jurema Preta apresentou os maiores valores (30,98% TT e 22% de adstringência na vegetação plena) e Mororó os menores valores observados (10,38 TT e 14% de adstringência na frutificação). A Jurema Preta apresentou uma relação prodelfinidina (PD):procianidina (PC) média de 97:3 que se mostrou pouco variável, indicando uma alta capacidade adstringente dos taninos desta espécie em todas as fases do ciclo fenológico. O Sábia apresentou uma relação de 90:20 nas fases de vegetação plena e floração, diminuindo para 40:50 na fase de frutificação. A relação PD:PC do Mororó foi mais equilibrada, oscilando em torno de 40:50 nas fases de vegetação plena e floração e reduzindo para 35:60 durante a frutificação. A propelargonidina esteve ausente ou em pequena concentração nas espécies estudadas.
Texto completo