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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Arsenic phytoextraction and hyperaccumulation by fern species

Isidoria Silva Gonzaga, MariaAntonio Gonzaga Santos, JorgeQiying Ma, Lena

O arsênio e um metalóide traço encontrado basicamente em todos os ambientes. Elevadas concentrações de arsênio no solo podem acontecer naturalmente devido ao intemperismo de rochas ricas em arsênio, como também de atividades antropogênicas. O arsênio é um elemento tóxico e cancerígeno. Em muitas partes do mundo, a contaminação pelo arsênio tem causado problemas ambientais e de saude. As técnicas disponíveis para a remediação do arsênio são economicamente proibitivas, destroem a paisagem natural e ainda podem afetar a saúde de pessoas diretamente envolvidas no processo. A fitoextração, uma das estratégias da fitoremediação, utiliza plantas para descontaminar solos e tem sido aplicada com sucesso em solos contaminados com arsênio e outros elementos. Dentre muitas vantagens, essa técnica tem baixo custo quando comparada com as convencionais. Um ponto chave no desenvolvimento da fitoextração foi a constatação de que samambaias hiperacumulam arsênio. Primeiro, em Pteris vittata, que apresentou extraordinária capacidade para remover arsênio do solo, concentrando 2.3% do arsênio na biomassa. Em seguida, foi observado que a samambaia Pityrogramma calomelanos possui capacidade semelhante para acumular arsênio. Essa característica peculiar foi observada em outras samambaias do genero Pteris. Em geral, essas plantas parecem apresentar mecanismos constitutivos e adaptativos que permitem elevada absorção e sobrevivência em solos com altas concentrações de arsênio. Muitas pesquisas têm sido conduzidas no sentido de entender e aumentar a capacidade de aborção de arsênio dessas plantas. Em particular, a chave para a aplicação bem sucedida da fitoremediação parece estar na biologia molecular.

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