Resistence of Euphorbia Heterophylla L. to ALS-inhibiting herbicides in soybean
Augusto Gelmini, GersonVictória Filho, Ricardodo Carmo de Salvo Soares Novo, MariaLuiz Adoryan, Márcio
Os herbicidas constituem a principal medida de controle de plantas daninhas na cultura da soja, mas através da pressão de seleção, o uso contínuo e prolongado de produtos com o mesmo mecanismo de ação pode provocar a manifestação de biótipos resistentes, como ocorreu com Euphorbia heterophylla L. aos inibidores da ALS nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Para verificar possíveis novos casos, bem como alternativas para prevenção e manejo, foram coletadas sementes dessa espécie daninha na região de Caarapó (MS), em plantas que sobreviveram a tratamentos onde esses herbicidas foram sistematicamente aplicados nos últimos anos. Em casa-de-vegetação, comparou-se o efeito dos principais herbicidas usados em pós-emergência na cultura da soja sobre o biótipo com histórico de resistência e sobre um suscetível sendo instalado, um experimento em blocos ao acaso para cada produto (n = 4). Os herbicidas foram aplicados quando as plantas apresentavam de duas a quatro folhas verdadeiras nas doses zero, uma, duas, quatro e oito vezes a recomendação do fabricante. Aos vinte dias após a aplicação, foram avaliados parâmetros relativos ao controle e produção de fitomassa epígea com base nos valores de DC50 e GR50. Foi determinado também o fator de resistência (FR), que representa o número de vezes em que a dose necessária para proporcionar 50% de controle ou de redução na produção de fitomassa epígea do biótipo suscetível deve ser aumentada, para que possa ocorrer o mesmo efeito sobre o resistente. O biótipo resistente apresentou diferentes níveis de resistência aos herbicidas chlorimuron-ethyl e imazethapyr, demonstrando ser portador de resistência cruzada aos inibidores da ALS dos grupos das sulfoniluréias e imidazolinonas. O fator de resistência para chlorimuron-ethyl foi superior a 16,5 para a porcentagem de controle e a 16,9 para a produção de fitomassa epígea, enquanto que para imazethapyr, o fator de resistência foi superior a 25,0 e a 23,5, respectivamente. O biótipo resistente foi eficientemente controlado nos tratamentos com os herbicidas fomesafen (250 g ha-1), lactofen (120 g ha-1), flumiclorac-pentil (40 g ha-1), glufosinato de amônio (150 g ha-1) e glyphosate (360 g ha-1).
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