Extração e fitodisponibilidade de metais em resposta à adição de lodo de esgoto no solo
Aparecida Simonete, Marciade Castro Kiehl, Jorge
Diante dos riscos ambientais relacionados ao uso agrícola de lodo de esgoto contendo metais foi realizado um experimento, com o objetivo de avaliar o efeito do lodo, combinado ou não com P, K e PK, sobre o acúmulo de metais na parte aérea das plantas e comparar a eficiência de extratores na fitodisponibilidade de metais. Amostras da camada de 0-20 cm de um Argissolo Vermelho Amarelo eutrófico foram transferidas para vasos e tratadas com doses equivalentes a 0, 10, 20, 30, 40 e 50 Mg ha-1 de lodo (base seca). Após 30 dias de incubação, determinou-se os teores de Fe, Mn, Cu, Zn, Cd, Ni, Cr e Pb (extraídos por HCl 0,1 mol L-1, Mehlich-3 e DTPA pH 7,3), procedeu-se aplicação de duas doses de P (0 e 100 mg kg-1) e duas dose de K (0 e 100 mg kg-1). Cultivaram-se plantas de milho (Zea mays L.) durante 50 dias, coletando-se a parte aérea para determinação de metais. A aplicação de lodo aumentou o teor de Fe, Mn, Zn e Cu no solo e o acúmulo pelas plantas, enquanto a complementação do resíduo com potássio aumentou a produção de matéria seca e diminuiu o acúmulo de Zn. A redução do pH e o Mn nativo do solo influenciaram no aumento da disponibilidade Mn. Todos os extratores foram eficientes para predição da fitodisponibilidade de Zn e Cu. Para o Mn e Fe, os mais eficientes foram: HCl e Mehlich-3, HCl e DTPA, respectivamente. Para os demais metais, os extratores se mostraram pouco eficientes.
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