Desempenho de ovinos e respostas de pastagens de tifton 85 (Cynodon spp.) sob lotação contínua
Aparecida Carnevalli, RobertaCarneiro da Silva, SilaLara Fagundes, JaílsonFischer Sbrissia, AndréAugusto Brandão de Carvalho, CarlosFelipe de Moura Pinto, LuizGuilherme Silveira Pedreira, Carlos
A utilização de pastagem como principal fonte de alimento para ruminantes vem crescendo nos últimos tempos devido a seu baixo custo de produção. Nesse sentido, plantas forrageiras que apresentem bom desempenho quando submetidas a pastejo e possuam flexibilidade de uso têm despertado grande interesse. Nesse contexto, foram avaliados o desempenho de ovinos e as características de pastagens de Tifton 85. Os pastos foram mantidos sob quatro intensidades de pastejo (tratamentos) correspondentes às alturas de 50, 100, 150 e 200 mm por ovinos em regime de lotação contínua com carga variável no período de agosto/1998 a abril/1999. Os dados foram reunidos por estação do ano (primavera e verão). Os tratamentos foram alocados às unidades experimentais aleatoriamente num delineamento de blocos completos com quatro repetições. Cada unidade experimental (400 m²) foi pastejada por, no mínimo, dois cordeiros marcadores de ganho de peso para estimar a resposta animal, com três gaiolas de exclusão para determinar o acúmulo de forragem. As respostas avaliadas foram: proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, lignina, digestibilidade 'in vitro' da matéria orgânica (DIVMO) e composição morfológica da forragem como pastejada e a proporção de folhas, pseudohastes e material morto nos pastos, densidade de forragem, taxa de acúmulo de forragem, capacidade de carga animal, disponibilidade de forragem, ganho de peso por animal e por hectare e estimativas de consumo. As diferenças observadas em valor nutritivo foram maiores para os pastos de 50 mm, os quais apresentaram os maiores valores de PB e DIVMO. O desempenho animal foi mais dependente da capacidade de carga animal e da disponibilidade de forragem nos pastos mais altos (150 e 200 mm) apresentando os melhores desempenhos. Tanto desempenho animal quanto pro-dução de forragem aumentaram no verão, como consequência do aumento das taxas de acúmulo de matéria seca.
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