O pH da calda de aplicação e a absorção de ácido giberélico por frutas de laranja cv. Valência
Guilherme Casagrande Jr., JoãoCarlos Fachinello, JoséLuiz Carvalho Faria, João
Com o objetivo de estudar os efeitos que o ácido giberélico causa em frutas de laranja Valência, quando aplicado em diferentes concentrações, e também sob diferentes pH na calda de aplicação, foi realizado experimento onde os tratamentos consistiram de 5 concentrações (0, 5, 10, 15 e 20 ppm) e 3 pHs (3, 4,5 e 6). A aplicação foi feita em maio, quando as frutas estavam com coloração verde-amarelada, e as coletas para avaliação feitas a cada 30 dias, até o mês de novembro. Foram feitas 7 coletas no total. As variáveis estudadas foram coloração da epiderme, espessura da casca, pH do suco, acidez total titulável (ATT), teor de sólidos solúveis totais (SST), relação SST/ATT, índice tecnológico e rendimento de suco. Os resultados obtidos não permitiram concluir que o ácido giberélico tenha influência sobre as características fisico-químicas do suco, tais como pH, rendimento, SST, AT, Ratio e índice tecnológico. A espessura da casca também não foi influenciada pelo AG3. No entanto, o ácido giberélico reteve a coloração verde da casca, segundo um gradiente no que diz respeito à concentração, no sentido de que ao aumentá-la, manteve por mais tempo a coloração verde das frutas. Este comportamento foi observado em maior ou menor escala, em todos os pHs da solução. O pH=3 da calda de aplicação foi o que reteve por mais tempo a coloração verde nas frutas, indicando assim que o ácido giberélico foi mais absorvido neste pH, do que nos demais. O pH normal (4,5) reteve a coloração verde das frutas por mais tempo que o pH=6, indicando assim que pHs mais ácidos favorecem a absorção do ácido giberélico pelas plantas. Foi observado também que o ácido giberélico atrasou o fenômeno do reverdecimento, o qual ocorre quando as temperaturas se tornam mais altas.
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