Carbono e nitrogênio em solo de uma cronossequência de floresta tropical - pastagem de Paragominas
Bernoux, MartialJosefine Feigl, BrigitteClemente Cerri, CarlosPaula de Arauda Geraldes, AnaAparecida Pavan Fernandes, Silvana
Amostras de terra de áreas desmatadas há 4, 10 e 15 anos e utilizadas como pastagem e uma floresta nativa na região de Paragominas-PA, foram analisadas quanto à constituição isotópica e teor de carbono (C) e nitrogênio (N) com o objetivo de quantificar os estoques de C e N e as alterações devidas a mudanças do uso da terra. O conteúdo de C e N aumentaram ao longo do tempo de uso do solo como pastagem. Após 4 e 15 anos de cultivo o conteúdo de C aumentou 0,28 e 0,86 kg.m-2 na camada superficial 0-30 cm do solo; a pastagem de 10 anos ficou estável (diminuição de 0,02 kg.m-2) em relação à mata natural para a camada 0-30 cm, mas diminuiu de 0,15 na camada 0-10 cm. Na camada superficial 0-30 cm, a matéria orgânica da área sob mata natural é composta por 2,6 kg.m-2 de C estável e 2,1 kg.m-2 de C biodegradável, sendo que após 10 e 15 anos de pastagem o C biodegradável representou 1,3 e 1,0 kg.m-2, correspondendo a 27,7% e 21,3% do C original da floresta e o carbono estável representou 2,6 kg.m-2. Pode-se supor que os processos biológicos do solo ficam quase exclusivamente na dependência do C introduzido pela pastagem, uma vez que metade do estoque do C está na forma estável e que o C biodegradável remanescente da floresta mineraliza rapidamente.
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