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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

VIABILIDADE DO PÓLEN EM VARIEDADES DE LARANJA DOCE

Tobias Domingues, EdsonTulmann Neto, AugustoTeófilo Sobrinho, Joaquim

Uma vez que a polinização é um dos pontos decisivos para o crescimento e desenvolvimento do fruto, contribuindo com os gametas masculinos para a fecundação e determinando, na maioria das vezes, a fixação dos frutos em citros, torna-se necessário conhecer o grau de esterilidade masculina nas diferentes variedades de laranja doce para sua possível utilização em programas de melhoramento. A esterilidade é limitante para programas que envolvam a hibridação sexual, por outro lado possui sua importância econômica em citros induzindo menor número de sementes por fruto em certas variedades. Com a finalidade de caracterizar 44 variedades de laranja doce (Citrus sinensis [L.] osbeck) quanto à viabilidade do pólen, foram coletadas anteras das variedades enxertadas sobre tangerineira Cleópatra. As variedades estudadas pertencem aos principais grupos de laranja doce: com acidez (como a laranja 'Pêra'), de baixa acidez (como a laranja 'Lima'), com umbigo (como a laranja 'Bahia') e sangüíneas (como a laranja 'Rubi Blood'). O percentual de pólen viável foi avaliado por meio da coloração com carmim acético a 25% e contagem sob microscópio ótico. Foram observados valores que variaram desde 12,0% para a 'Pêra Sem Sementes' até 88,8% para a variedade 'Hamlin Reserva'. Os clones de laranja 'Hamlin' mostraram maior percentual de pólen viável. Não foi observada presença de pólen para as variedades produtoras de laranjas de umbigo, originadas da variedade Bahia. As variedades 'Pêra', 'Valência' e 'Natal', as quais são as principais cultivares da citricultura paulista e nacional, apresentaram baixos percentuais de pólen viável.

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