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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

EFEITO DE ÉPOCAS DE DEFICIÊNCIA HÍDRICA NA EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO DA CULTURA DO FEIJÃO cv. IMBABELLO

CALVACHE, A.M.REICHARDT, K.

Visando identificar estádios da cultura de feijão que apresentam a menor sensibilidade ao estresse de água no solo, nos quais a irrigação pode ser omitida sem um significativo decréscimo na eficiência de uso de nitrogênio e na produtividade final, foi realizado experimento em um solo franco arenoso (Typic Haplustoll) na Estação Experimental da Universidade Central do Equador, "La Tola", em Tumbaco-Pichincha, Equador, entre julho e novembro de 1994. Os tratamentos consistiram da combinação de sete regimes de irrigação, incluindo irrigação ótima durante todo o ciclo, irrigação deficiente durante todo o ciclo, irrigação tradicional da região, deficiência hídrica no período vegetativo, na floração e formação de vagens, no enchimento de vagens e na maturidade; e de dois níveis de adubação nitrogenada (20 kg N/ha e 80 kg N/ha). Os quatorze tratamentos resultantes foram arranjados e analisados num esquema de parcelas sub-divididas com quatro repetições. O tamanho da parcela experimental foi de 33,6 m2 (8 linhas de 7 metros de comprimento, distantes entre si 0,6 m) com uma população de 120.000 plantas/ha. O nitrogênio fixado do ar pelo feijoeiro foi calculado pelo método de diluição isotópica do 15N, no tratamento com adubação de 20 kg N/ha. A solução marcada foi de sulfato de amônio, com abundância de 5% de átomos de 15N. Como planta-controle, foi utilizado o trigo, semeado no sulco central. Da análise dos resultados obtidos, concluiu-se que: A deficiência de água no solo, durante a fase vegetativa, não afetou a eficiência de uso de nitrogênio, a fixação biológica do nitrogênio, nem a produção de sementes, permitindo uma economia de água de 30%. A deficiência de água durante a floração e enchimento de vagens, afetou drasticamente a fixação biológica do nitrogênio, que comparativamente ao controle, foi reduzida 2,2 vezes.

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