VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Utilização da reserva orgânica e de nitrogênio do tolete de plantio (colmo-semente) no desenvolvimento da cana-planta

Carneiro, A.E.V.Trivelin, P.C.O.Victoria, R.L.

Toletes (colmo-semente) com um nó (uma gana) mais metade do entre-nó inferior e metade do superior foram obtidos do terço médio de colmos de cana-de-açúcar, marcados com 15N, da variedade NA 56-79. A massa seca, o conteúdo de nitrogênio e a abundância isotópica de 15N dos toletes foram estimados tomando-se por base os valores obtidos em amostra de cada colmo. Os toletes foram plantados em vasos com 6kg de terra colhida de uma Terra Roxa Estruturada Latossólica (RHODIC KANHAPLUDALF). O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, com 16 tratamentos correspondentes à colheitas em diferentes tempos após o plantio. Nas plantas, subdivididas em amostras de parte aérea, raízes e tolete remanescente, foram determinados a massa seca, N-total e abundância de 15N. Dos resultados obtidos verificou-se que a redução da matéria seca do tolete somente foi compensada pela produção de novos tecidos por volta dos 3 meses do plantio. Nesse período, a emissão das raízes de fixação e a brotação do perfilho primário dependeu da reserva orgânica do tolete. A reserva de nitrogênio do tolete foi fundamental como fonte do nutriente à cana-planta nos 50-60 dias após o plantio. A degradação de 50% da reserva orgânica do tolete ocorreu até os 6 meses e possibilitou a liberação de 50% da reserva de nitrogênio que foi translocada aos novos tecidos da cana-planta. Pode-se estimar que de 6-12 kg.ha-1 do N-tolete são translocados aos novos tecidos (50% do N-tolete), valores estes que podem representar 5-10% das necessidades de N da cultura.

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