Incidência de aflatoxinas no amendoim (Arachis hypogaea L) cru emcasca da região da Alta Paulista-SP, durante o período de 2011 a 2012
Imamura, Kely BragaToni, Jufner Celestino VazBocche, Maria Angélica LopesSouza, Davi Abdou deGiannoni, Juliana Audi
As aflatoxinas são metabólitos secundários produzidos pelas espécies do gênero Aspergillus e a frequente ingestão de alimentos contendo teores de aflatoxinas tem sido correlacionada às neoplasias hepáticas pela International Agency for Reseach on Cancer (IARC). Foram analisadas 966 amostras de amendoim cru em casca, coletadas no período de fevereiro a maio, correspondente à época de colheita das safras 2010-2011 e 2011-2012. Para detecção de aflatoxinas foram utilizadas as metodologias de coluna de imunoafinidade acoplada à fluorometria (CIA) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), seguindo-se os parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foram detectadas aflatoxinas acima do limite máximo tolerado pela legislação em 12,6 % e 19,5 % das amostras, respectivamente nas safras de 2011 e 2012. Na safra de 2010-2011, a faixa de contaminação foi de 21-52 mg/kg, e na safra de 2011-2012 a faixa de contaminação variou de 28-260 mg/kg, cujo valor é cinco vezes maior quando comparado ao obtido em 2011. Os maiores índices de contaminação foram encontrados nos períodos com menor índice pluviométrico, tanto em 2011 quanto em 2012. Por conseguinte, a realização de rastreamento é necessária durante toda a cadeia produtiva do amendoim, com a finalidade de propiciar alimentos seguros à saúde humana e animal.(AU)
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