VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 638-644

Fungos toxigênicos em camarões marinhos cultivados e potenciais toxigênicos das cepas isoladas de Aspergillus seção Flavi e seção Nigri

Calvet, Rodrigo MacielPereira, Marlúcia GomesCosta, Amilton Paulo RaposoFialho, Regina Célia de JesusMuratori, Maria Christina Sanches

O objetivo do presente estudo foi quantificar, isolar e identificar a micobiota toxigênica em camarões marinhos cultivados no litoral do Piauí. Foram selecionadas, randomicamente, quatro propriedades (“A”, “B”, “C” e “D”), de onde foram coletadas 84 amostras de camarão de três fases de cultivo: “I”, “II” e “III”. A contagem de fungos foi realizada em ágar dicloran rosa de bengala cloranfenicol. As colônias isoladas de Aspergillus e Penicillium spp foram transferidas para tubos contendo ágar extrato de malte. As contagens de fungos nas amostras de camarões coletadas variaram de 1,85 a 2,73 UFC/g log10 e não diferiram entre si em todas as fases de cultivo. Foram isoladas 64 cepas de fungos, e os gêneros mais prevalentes foram Aspergillus (34,4%) e Penicillium (25,0%). Foram identificadas dezoito cepas do gênero Aspergillus. Duas cepas de A. ochraceus e cinco cepas de A. agregados niger foram produtoras de ocratoxina A. Uma cepa de A. flavus produziu aflatoxina B1, B2, G1 e G2, respectivamente, nas concentrações de 14,8 ng/g, 4,3 ng/g, 2,6 ng/g e 1,1 ng/g, e foi classificada como A. flavus atípico. Os camarões cultivados no litoral piauiense, quando recentemente capturados, apresentaram baixas contagens fúngicas em todas as fases de cultivo. (AU)

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