VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 60-74

Sobre algumas lucites por sensibilizadores vegetais

Rossetti, Nicolau

figueira ou com seus frutos, dando especial relevo à pigmentação que disso resulta. A hipercromia é posta em destaque como sinal diagnóstico fundamental, não só por se apresentar, às vezes, como único sintoma de fotossensibilização como, também, pela cor e forma que lhe são próprias. A cor pardo-bronze tem matiz caraterístico; a forma sobreleva, ainda mais, em importância. Tratam-se, na maioria dos casos, de manchas que não são inexpressivamente redondas, ovaladas ou irregulares. Pelo contrário, sua forma sugere, logo à primeira vista, a imagem de líquido que tivesse escorrido sobre a pele deixando, ao secar, a sua marca. As manchas maiores têm bordas onduladas que se desfazem, às vezes, em filetes serpeantes, dirigidos no sentido da declividade, entrecruzando-se de modo a delimitar ilhotas de pele normal. Outras manchas tomam o aspeto de salpicos, de gotas escorridas e mesmo de impressão digital. Todas revelam a preexistência da ação externa de uma substância líquida. A colaboração da luz como elemento desencadeador é indispensável, como o demonstrou Kitchevatz, porquanto a substância da figueira representa, nesses casos, o elemento fotocatalizador. O autor refere nove observações próprias fazendo, de algumas, exposição minuciosa do quadro clínico e das circunstâncias que permitiram a realização do fenômeno, sobretudo no que diz respeito ao tempo decorrido entre o contato com

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