Performance do ágar batata contendo 2% e 20% de glicose para a detecção quantitativa e qualitativa de bolores e leveduras de amostras de mel não inspecionadas
Melhem Dalla, FernandoDiniz Fontanesi, CamilaAnne Melville, PriscillaRoberti Benites, NilsonAmaku, Marcosde Carvalho Balian, SimoneOliveira Telles, Evelise
Até o ano de 2003, a Metodologia Oficial Brasileira determinava o uso de dois meios de cultura para executar a análise de bolores e leveduras, um contendo 2% e outro com 20% de glicose; atualmente, recomenda-se apenas o de 2%. Concentrações distintas de glicose implicam em pressões osmóticas diferentes, o que pode influenciar no resultado da quantificação e da identificação dos fungos. No presente trabalho, 30 amostras de mel comercializadas informalmente na cidade de São Paulo foram analisadas visando o isolamento de bolores e leveduras por meio de semeadura em superfície em ágar batata contendo 2% e 20% de glicose. Não houve diferença estatística significante entre as contagens de fungos (CFU.g-1) nos dois tipos de meios, embora tenham sido observados números maiores de bolores (CFU.g -1), especialmente Penicillium spp nas amostras cultivados em meio contendo 2% de glicose. O meio com 20% de glicose apresentou melhor desempenho para detectar leveduras (CFU.g -1). Considerando que o mel é um ambiente muito adverso para a micotoxigênese, mas passível de fermentação pelas leveduras, pode-se inferir que o meio com 20% de glicose seja a melhor alternativa para avaliar a qualidade microbiológica desse produto.
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