Aglutininas heterófilas na linfogranulomatose de Nicolas Favre
de Sales Gomes, LuíslManoelManoelManoelManoel
Depois de fazerem uma síntese dos trabalhos publicados desde1911 sobre anticorpos heterofilos, referem-se os autores à aplicação prática desses trabalhos na diagnose da Mononucleose infecciosa (Reação de Paul - Bunnell - Davidsohn). Em nota à margem do assunto, relembram provas por eles realizadas no Instituto Adolfo Lutz, no sentido de esclarecer a epidemia que grassou em São Paulo, este ano, nos meses de Março e Abril, e transcrevem o comunicado oficial sobre essa epidemia, fornecido na ocasião pelo Departamento de Saúde do Estado. Relatam, a seguir, pesquisas de aglutininas heterofilas para eritrócitos de carneiro, por eles realizadas nos soros de numerosos doentes de Linfogranulomatose de Nicolas-Favre. Justificando suas pesquisas, dizem os autores que, entre 76 condições clínicas diferentes, examinadas por vários autores, e nas quais os títulos aglutinantes eram baixos, não constavam casos de moléstia de Nicolas-Favre. E, no entanto, esta moléstia é produzida por um vírus eminentemente linfotropo, cuja ação se reflete sobre todo o sistema retículo-endotelial, como acontece na Mononucleose infecciosa. Examinando soros de 75 linfogranulomatosos (adenite inguinal, retite estenosante, etc.), diagnosticados todos sob o ponto de vista clínico e alérgico (Reação de Frei), encontraram os autores, com frequência, nesses soros, aglutininas anti-carneiro em altos títulos. Tomando com
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