Sobre quinze amostras de Salmonella choleraesuis var. Kunzendorf, isoladas de sangue humano: cromogênese dessa variedade em certos meios de cultura
de Salles Gomes, L.ia Maria Maria
A casuística referente ao achado de Salmonella choleraesuis var. Kunzendorf no sangue humano é relativamente escassa. Pode-se dizer que se resume a 9 casos. Num período de 6 anos (1943-1949) conseguimos isola-la, em hemocultura, quinze vezes, sendo 9 de doentes da Capital e 6 de doentes do interior do Estado de São Paulo. Depois de separadas em placas de meio especial contendo tripaflavina, colônias lisas forneceram as culturas destinadas ao estudo bioquímico e sorológico das quinze amostras isoladas. Os germes fermentaram, com gás, os seguintes carboidratos: glicose, levulose, galactose, manose, xilose, maltose, manita, ramnose, sorbita e dextrina. A glicerina foi fermentada, sem gás, ao fim de 48 horas. Não foram fermentados: lactose, sacarose, salicina, arabinose, inosita, dulcita, inulina, rafinose e trealose. H2S: +; leite tornassolado: + inicial e - terminal; redução de nitrato: +; indol: -; liq. gelatina: -; meio de Simmons: - 48 horas; meio de Stern: -; arabinose Bitter: -; ramnose Bitter: + 24 horas. A classificação sorológica das quinze amostras foi feita de acordo com o esquema de Kauffmann- White. Foi notada uma curiosa e interessante particularidade nessas quinze amostras, bem como em outras da mesma variedade, que obtivemos de outras mãos, e na Salmonela tipo Aberdeen: foi a capacidade de produzir um pigmento de coloração castanho-clara (marrão) quando cultivadas
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