Crescimento inicial de plântulas de fabáceas nas fezes de caprinos e ovinos
Silva, Tatiana Oliveira daRocha, Norberto SilvaVieira, Henrique DuarteDeminicis, Renata Gomes da SilveiraDeminicis, Bruno Borges
Objetivou-se com este estudo avaliar a emergência de plântulas de Fabaceae: cunhã, kudzu tropical e estilosantes Campo Grande nas fezes de caprinos e ovinos, a fim de verificar se as fezes permitem o desenvolvimento inicial dessas plantas; e os efeitos da passagem pelo trato digestório. Para isso foram oferecidos 50 g de sementes de cada fabácea misturados ao concentrado a nove cabritos e nove cordeiros, ambos com peso corporal médio de 40 kg. As fezes dos animais foram coletadas em intervalos de seis horas após a ingestão das sementes, até completar 72 horas, sendo as mesmas levadas para a casa de vegetação imediatamente após cada coleta. Foram avaliados o número total de plântulas emergidas nas fezes e o índice de velocidade de emergência (IVE) durante trinta dias, após a ingestão das sementes. Foi utilizado delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial: 3 fabáceas x 12 períodos de coleta, com três repetições (animais). O melhor desempenho quanto ao número total de plântulas germinadas nas fezes de caprinos e ovinos foi obtido pelo kudzu, seguido pelo estilosantes. A cunhã apresentou baixos resultados devido à alta degradação das sementes pela mastigação. As fezes de caprinos e ovinos não impedem a emergência das plântulas das espécies avaliadas, logo estes animais podem ser considerados legítimos dispersores destas sementes nas pastagens.
Texto completo