Avaliação dos aspectos florísticos e estruturais de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista influenciado por sucessivas rotações de espécies florestais exóticas
Salami, GabrielaCampos, Mari LuciaGomes, Juliano PereiraBatista, FelipeMantovani, AdelarPitz, Mireli MouraSchmitt, JaquelineBiazzi, Josieli Pietro
No Estado de Santa Catarina, Brasil, a exploração madeireira e a expansão de áreas agrícolas representam alguns dos fatores responsáveis pela expressiva redução de áreas naturais. O objetivo foi fornecer informações da composição florística e estrutural de um remanescente florestal a fim de subsidiar as medidas de restauração das áreas degradadas. A amostragem foi realizada pelo método de pontos quadrantes, em que foram registrados o diâmetro a altura do colo (indivíduos entre 1 metro até 1,30 metros de altura), o diâmetro à altura do peito (indivíduos maiores de 1,30 metros), e a distância da base (ponto central), e calculados a frequência, a densidade e a dominância absoluta e relativa, o valor de importância, o índice de diversidade de Shannon e a equabilidade de Pielou. Para avaliar a similaridade florística-estrutural entre os transectos foi utilizado o índice de Bray-Curtis e feita a ordenação dos transectos em função das características florísticas e estruturais por meio da técnica de análise multivariada NMDS. Foram encontrados 3.214 ind.ha-1 distribuídos em 17 famílias, 20 gêneros e 36 espécies. As espécies com maior valor de importância foram: Baccharis uncinella, Solanum variabile, Mimosa scabrella, Pinus taeda e Vernonanthura discolor. O índice de diversidade foi de 2,56 nats.ind.-1 e o índice de equabilidade foi de 0,69, indicando baixa dominância ecológica na área. De acordo com a avaliação da similaridade entre os transectos foi possível observar a separação de dois grupos distintos através da maior similaridade entre os transectos 1-3 e 2-4. A análise NMDS demonstrou que a organização florístico-estrutural não apresentou variações espaciais marcantes associadas às características ambientais de cada transecto. Os resultados seguem o padrão encontrado em estudos realizados em áreas semelhantes e que a manutenção destes fragmentos florestais favorece a formação de corredores de biodiversidade.(AU)
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