Intoxicação por ivermectina em cães
Lavadouro, Jéssica Hellen BastosMatos, Caroline Bohnen deLeite, Alice Teixeira MeirellesCleff, Marlete Brum
As ivermectinas são substâncias obtidas originalmente da fermentação de amostras de solo, contendo o fungo Streptomyces avermitilis (LYNN et al., 1999). É um dos antiparasitários mais utilizados mundialmente, sendo aprovado para uso em bovinos, suínos, ovinos e equinos como endectocida (SINDAN et al., 2001). Rotineiramente, o produto à base de ivermectina de uso bovino é empregado em clínica de pequenos animais, provocando intoxicações (SAKATE et al., 2002). O medicamento vem sendo usado para o tratamento da sarna sarcóptica, demodécica, notoédrica e otodécica de pequenos animais (SAKATE et al., 2002). Segundo a literatura, em caninos, a toxidade está relacionada às altas dosagens e à predisposição racial. Cães das raças Collie, Old English Sheepdog, Pastor de Shetland, Pastor Alemão, Afgan Hounds, ou seus mestiços são particularmente sensíveis, o que torna a barreira hematoencefálica desses cães mais permeável a ivermectina, ocasionando depressão do sistema nervoso central (MEALEY et al., 2006). Os sinais clínicos de intoxicação incluem ataxia, hipertermia, desorientação, sialorréia, midríase, hiperestesia, tremores, depressão, paralisia, ausência dos reflexos pupilares, cegueira, bradicardia, pulso fraco e em casos graves, coma, hipotermia e morte (SAKATE et al., 2002). Com esse trabalho, objetivou-se relatar um caso de intoxicação por ivermectina em dois cães sensíveis ao princípio ativo, desencadeando um quadro tóxico.(AU)
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