Métodos substitutivos e a experimentação animal: um enfoque inovador
Knop, Luciana BastianelliMaria, Durvanei Augusto
A comunidade científica acredita que testes em modelos animais aumentam as chances de identificação de drogas promissoras para justificar a utilização em ensaios clínicos humanos. Contudo, a ciência tem mostrado que há poucas evidências disponíveis que sustentem este ponto de vista, através do avanço do conhecimento das patologias, das diferenças interespécies e espécie-específicas e do avanço tecnológico com os métodos substitutivos. Partindo dos princípios éticos dos 3Rs e daqueles envolvidos na celeridade de um processo lento e oneroso que é a produção de um fármaco e na falência de sua reprodutibilidade, cada vez mais os pesquisadores, as instituições e a indústria apostam nas evidências apresentadas pelos métodos substitutivos, em especial nos métodos in vitro e in silico e na integração dos bancos de dados. Portanto, a importância de se estabelecer novos métodos, validá-los, conhecer os modelos, desenhos experimentais, avaliar os estudos preditivos, revisões sistemáticas, meta--análises e o melhor entendimento das moléculas antes de se iniciar qualquer projeto de pesquisa devem ser empregados. O estudo apresentado teve por objetivo principal apresentar os dados mais recentes no que tange aos métodos substitutivos validados e os complicadores relacionados à experimentação animal, especialmente, em relação ao modelo animal e seu valor preditivo e reprodutibilidade para a espécie humana. A pesquisa apresentou dados indicativos de que as evidências que possam predizer o animal como modelo para a pesquisa são insuficientes. Os métodos substitutivos apresentam-se hoje como um novo paradigma e uma ferramenta inovadora para as questões das discrepâncias espécie-específicas encontradas entre o homem e o animal, principalmente no que concerne à toxicologia e eficácia de uma nova molécula-alvo.[...](AU)
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