Ensaio toxicológico do extrato aquoso de Waltheria douradinha (douradinha do campo) em modelo ex vivo
Fontoura, Eduardo GarciaFelix, Samuel RodriguesFernandes, Ciciane Pereira MartenGrecco, Fabiane BorelliGonçalves, Victoria de MoraesFelix, Anelize CampelloNobre, Márcia de Oliveira
A produção de fitoterápicos exige que em seu desenvolvimento haja testes em relação a sua toxicidade. Assim métodos que promovam a redução de animais em pesquisa devem ser aplicados também a estes compostos. A OECD (Guideline for the Testing of Chemicals) recomenda o teste do olho de frango como uma alternativa de triagem, antes de levar os produtos à ensaios in vivo. Os objetivos deste estudo foram determinar a toxicidade do extrato aquoso de Walteria ouradinha através de ensaio ex vivo em globo ocular de frangos, e demonstrar dados que justifiquem a utilização deste como teste de triagem anterior ao ensaio in vivo. Foram utilizados olhos de frangos ex vivo, distribuídos em grupos conforme o produto instilado em sua superfície: grupo extrato aquoso de W. douradinha (WD), salina 0,9% (CN) e ácido acético 10% (CP). A toxicidade foi avaliada para retenção de fluoresceína, opacidade e inchaço de córnea, e critérios histopatológicos, conforme recomendação da OECD. O grupo WD demonstrou resultados macroscópicos com baixo índice de irritabilidade, quando comparados com os olhos CP (P<0,05). Ainda, os olhos WD demonstraram menores alterações histopatológicas que os olhos CP, estando, em todas ocasiões, com índice não irritante. Nas condições deste estudo concluímos que o extrato aquoso de W. douradinha possui baixo grau de toxicidade perante as análises macroscópicas e histopatológicas. Mais que isso, indicamos o teste do olho da galinha como ensaio de triagem para determinação da toxicidade de fitoterápicos, podendo ser usado antes de levar os extratos à teste em animais, reduzindo assim o uso destes. (AU)
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