Estudo comportamento agressivo de camundongos em biotério: aplicação do modelo espontâneo de agressividade (MEA)
Batista, Wanderson SilvaSilva, Luiz Cesar C. Pareira daDemarque, Kelly CristinaOliveira, Fábio Souza deAcquarone, MarianaBôas, Frederico VillasOliveira, Gabriel Melo de
A agressividade, ou a violência, é um grave problema de saúde pública. Anualmente milhares de pessoas vão a óbito em consequência deste fenômeno. Os diversos modelos de estudo de agressividade são baseados na indução das agressões, por apenas dois indivíduos e em um período curto de tempo. Nosso objetivo é estruturar e aplicar um modelo que seja capaz de determinar o surgimento de episódios agressivos (não induzido - espontânea) e que possibilite o acompanhamento comportamental de um mesmo indivíduo desde sua infância até a idade adulta. Realizamos um esquema de agrupamento e reagrupamento e aplicamos metodologias comportamentais como etograma, teste do campo aberto, teste de suspensão da cauda (TSC) e caixa de preferência. Nossos resultados demonstram que 90% dos grupos apresentam padrões de comportamento agressivo (PCA) e em 10% dos indivíduos pudemos observar graves lesões e ferimentos decorrentes de agressões. Interessantemente, em 10% dos grupos não observamos PCA. Nesses grupos a atividade motora e exploratória foi superior aosgrupos agressivos. Além disso, o TSC demonstrou ser um eficiente método para definir o perfil de atividade de cada animal, sua possível posição hierárquica e sua influência no surgimento de PCA. Desta maneira, podemos concluir que o MEA demonstrou ser eficaz na reprodutibilidade da identificação e avaliação do surgimento de agressividade em grupos de camundongos em biotério. CEUA Nº LW 5/12.(AU)
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