Degradabilidade ruminal de casca de vagem de feijão-fava (Phaseolus lunatus L. ) amonizada com ureia
Silva, Raimundo Nonato Pereira daAlves, Arnaud AzevêdoGarcez, Bruno SpindolaMoreira Filho, Miguel ArcanjoOliveira, Maria Elizabete deMoreira, Antônia LeidianaAzevêdo, Danielle Maria Machado RibeiroParente, Henrique Nunes
Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a degradabilidade ruminal da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro de casca de vagem de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) não amonizada (controle) ou amonizada com três níveis de ureia (2; 4 e 6%, com base na matéria seca). Foram utilizados três bovinos Girolandos providos de cânula ruminal, com peso vivo médio 400±5,3 kg, cada. A amonização das cascas de feijão-fava com 6% de ureia resultou em maiores teores de proteína bruta (15,7%) e degradabilidade potencial da proteína bruta (91,7%). A degradação potencial da matéria seca aumentou (P<0,05) com o tempo de incubação, atingindo 85,1% às 48 h de incubação, embora a amonização não tenha promovido alterações relevantes na cinética de degradação ruminal deste constituinte. Quanto à cinética de degradação ruminal da fibra em detergente neutro, a amonização com 6% de ureia reduziu em cerca de 1 h o tempo de latência (lag time), no entanto, este efeito não influenciou os demais parâmetros de degradação da fibra em detergente neutro, com taxa de degradação compatível com as características de alimentos fibrosos. A casca de feijão-fava apresenta elevada taxa de degradação, consistindo em um alimento volumoso de boa qualidade, apesar de consistir resíduo de cultura. A amonização de casca de feijão-fava com ureia não promove melhoria na degradabilidade da matéria seca, embora proporcione elevação do teor de nitrogênio total disponível aos microrganismos do rúmen e melhore a degradabilidade da fibra em detergente neutro, sendo o nível de 6 % mais indicado para o tratamento desse volumoso.(AU)
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