Conservação do farelo de arroz integral por ensilagem com diferentes graus de hidratação e adição de fubá de milho
Sergio Bee TUBIN, JiovaniAugusto CONTE, RenatoAlan BAGGIO, RafaelCarlos DAL PIVO, JoãoZANELLA, MariângelaPAIANO, Diovani
RESUMO Foi conduzido um estudo para avaliar diferentes graus de hidratação e adição de fubá de milho (FMI) para a ensilagem do farelo de arroz integral (FAR) para conservação do produto. Foram utilizadas relações FAR: FMI 10:0; 9:1; 8:2; 7:3 e 6:4 e níveis de hidratação da mistura 10, 20, 30, 40 e 50% do peso inicial, perfazendo um esquema fatorial de 5×5 com quatro repetições. Paralelamente, foram fabricados quatro silos de características semelhantes aos demais com FAR sem a hidratação, denominados silos referência, e avaliada a peroxidação lipídica. Após a abertura (120 dias de ensilagem) foram avaliados o pH, acidez titulável (AT), índice de acidez (IA), índice de fungos (IF) e atividade de água (Aw). A temperatura (análise para verificar a estabilidade aeróbica) e o pH, pós abertura, foram determinados em 24, 48 e 120 horas após a abertura. Houve interações entre as variáveis para: pH na abertura, AT, IA e IF. Para a variável Aw não houve interação. A inclusão de 40% de FMI e 42,3% de água melhorou o pH da silagem na abertura, e a inclusão de 43,6% de água melhorou o pH 24 horas pós abertura. Após 48 horas de abertura as silagens estavam inapropriadas para o consumo, e a inclusão do milho acelerou a deterioração da massa ensilada após este período. Somente nos silos controles foi observado peroxidação lipídica. O uso do método de ensilagem para preservar a qualidade do FAR foi promissor como ferramenta para diminuir a peroxidação, independentemente do nível de hidratação. Para a confecção de silagem de farelo de arroz recomenda-se a inclusão de FMI de 40% e hidratação de 42,3% sobre o peso para otimizar o pH na abertura.
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