Uso do sêmen congelado em ovinos: desafios para sua disseminação no Brasil
Matos, Lucas SantosOliveira, Aline Saraiva deCâmara, Diogo Ribeiro
Há mais de 70 anos, foram demonstrados os benefícios do uso do glicerol na criopreservação espermática, auxiliando na disseminação do uso do sêmen congelado para inseminação artificial (IA). Todavia, a despeito de décadas de pesquisa na formulação de novos diluidores e estratégias de criopreservação de sêmen, estudos de características espermáticas espécie-específicas, protocolos de manipulação e controle do ciclo estral e mesmo técnicas/equipamentos para inseminação artificial, o uso comercial do sêmen congelado está restrito, basicamente, à espécie bovina. Em ovinos, algumas particularidades contribuem para reduzir o uso da IA com sêmen congelado, como: menor relação colesterol:fosfolipídio da membrana espermática, aumentando sua sensibilidade quando exposto a baixas temperaturas; a morfologia da cérvice, que dificulta ou mesmo impede a passagem dos aplicadores para depositar o sêmen intrauterinamente, demandando procedimento especializado e de maior custo que é a inseminação laparoscópica; número de doses congeladas obtidas por ejaculado e número de espermatozoides/dose inseminante necessários para obtenção de taxas de prenhez aceitáveis; entre outros. O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre fatores limitadores do uso de sêmen congelado ovino no Brasil e, ao final, elencar algumas possibilidades com potencial de contribuir para a disseminação da inseminação artificial nesta espécie.(AU)
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