Produção in vitro de embriões equinos: o que pode dar errado neste processo?
Scheeren, Verônica Flores da CunhaGiachini, Luísa FontesTortato, Mariana ZaniniFriso, Aimé de Medeiros
Ao longo dos anos, um grande avanço é observado no desenvolvimento de tecnologias de reprodutivas (ART), principalmente na produção in vitro (PIV) de embriões equinos, com resultados satisfatórios nas taxas de recuperação oocitária, maturação de oócitos e cultivo embrionário. A técnica mais consolidada é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), que reúne diversas aplicações, como para éguas doadoras idosas, fêmeas que precisam ser sacrificadas ou que morrem repentinamente, animais com distúrbios do trato reprodutivo, sêmen de má qualidade, palhetas raras e/ou caras de sêmen congelado. Mais recentemente, resultados animadores foram obtidos com a produção de embriões pela técnica convencional de fertilização (FIV). Todavia, a eficiência da PIV ainda apresenta resultados oscilantes, devido a inúmeros fatores, como baixa taxa de clivagem e erros na segregação cromossômica durante a primeira divisão mitótica no zigoto equino. Tais falhas resultam em blastocistos com organização celular deficiente, especialmente em embriões de desenvolvimento lento, comprometendo a viabilidade embrionária e levando à baixa eficiência, quando comparados a outras espécies animais. O objetivo desta revisão é abordar sobre a produção in vitro de embriões equinos e as dificuldades encontradas neste processo, que podem levar a falhas embrionárias e redução nas taxas de fertilidade.(AU)
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