FIV vs TE: Qual técnica usar em ruminantes domésticos?
Alfradique, Vivian A. PGuimarães, Mariana P. PSouza-Fabjan, Joanna M. G
Diante da crescente demanda global por alimentos até 2050, biotecnologias reprodutivas como a múltipla ovulação com transferência de embriões (MOTE) e a produção in vitro de embriões (PIVE) se destacam como ferramentas estratégicas para o melhoramento genético. A MOTE, mais acessível e com menor necessidade de infraestrutura, apresenta embriões de melhor qualidade, mas sofre com a variabilidade na resposta à superovulação. Já a PIVE, dominante na indústria bovina, permite maior número de coletas, uso de doadoras em diferentes fases e exige menor quantidade de sêmen. No entanto, requer maior infraestrutura, apresenta embriões com menor criotolerância e enfrenta desafios adicionais em pequenos ruminantes devido à necessidade de superestimulação hormonal e coleta laparoscópica (LOPU). Ainda assim, dados recentes mostram crescimento expressivo da PIVE em ovinos e caprinos. A escolha entre as técnicas depende de múltiplos fatores, incluindo espécie, infraestrutura disponível e objetivos produtivos, sendo ambas fundamentais para acelerar o progresso genético nos rebanhos. Ainda que não se possa estabelecer uma regra absoluta, as evidências disponíveis, aliadas às particularidades das técnicas em termos de eficiência, vantagens e limitações, sugerem uma tendência de maior aplicação da PIVE em grandes ruminantes, enquanto a MOTE permanece como a principal estratégia reprodutiva em pequenos ruminantes.(AU)
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