VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 76-83

IATF em números: evolução e projeção futura

Baruselli, Pietro SampaioSantos, Guilherme Felipe Ferreira dosCrepaldi, Gabriel ArmondCatussi, Bruna Lima ChechinOliveira, Ana Carolina dos Santos

Estudos realizados pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) apontam que a IATF (inseminação artificial em tempo fixo) atingiu mais um recorde em 2021 e superou 26 milhões de procedimentos de sincronização. O mercado de IATF cresceu 25% entre 2020 e 2021 e representou 93% das inseminações efetuadas no Brasil. A tecnologia de IATF proporciona uma abordagem organizada e prática para o uso da inseminação artificial (IA), além de melhorar a eficiência reprodutiva, genética e produtiva dos rebanhos. Segundo dados da ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), em 2002 o mercado nacional de IA comercializou 7,1 milhões de doses de sêmen, para um rebanho estimado de 74,9 milhões de matrizes (vacas e novilhas; ANUALPEC). Em 2021, com rebanho semelhante de matrizes, o mercado atingiu 28,4 milhões de doses de sêmen comercializadas, com crescimento de 400% nesse período. Em 2002, apenas 5,8% das matrizes de leite e de corte do rebanho brasileiro eram inseminadas artificialmente. Em 2021, foram inseminadas 23,4% das fêmeas do total das matrizes do rebanho nacional. No início das avaliações (2002), 4.4 milhões de matrizes bovinas eram inseminadas artificialmente no Brasil, atingindo 17.5 milhões de matrizes em 2021. Entre 2002 e 2021, a taxa de crescimento anual composta (CAGR: Compound Annual Growth Rate) do número de protocolos de sincronização comercializados para IATF foi de 34,1%. Essas informações demonstram a significativa evolução da utilização da IA e a consolidação da tecnologia pelo setor produtivo.(AU)

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