Hormônio antimülleriano pode uma realidade usada em seres humanos ser transferida a bovinos e búfalos
Morais, Rodrigo deCosta, Nathália Nogueira daOhashi, Otávio MitioSantos, Simone do Socorro DamascenoMonteiro, Bruno MouraReis, Adriana NovaesRolim Filho, Sebastião TavaresMiranda, Moysés dos Santos
O hormônio antimülleriano (AMH) nas fêmeas é produzido especificamente pelas células da granulosa dos folículos em crescimento e controla a velocidade do crescimento folicular ao inibir a enzima aromatase. Este hormônio tem sido explorado em várias aplicações biotecnológicas, sendo a mais bem estudada a relação positiva entre a sua concentração circulante e a população folicular antral (PFA) no ovário, tornando o AMH um indicador confiável desta característica em humanos e em outras espécies. O AMH também mostrou ser um indicador prognóstico positivo do rendimento de embriões em programas de ovulação múltipla e transferência de embriões (MOET) em bovinos, porém sua utilidade para identificar fêmeas doadoras de oócitos para produção de embriões in vitro (IVEP) ainda está em discussão. Em búfalos, apenas poucos estudos foram realizados até o momento, porém devido a baixa reserva folicular ovariana na espécie e a grande variabilidade individual, que criam um desafio para ART (Assisted Reproduction Technology) na espécie, o AMH surge com grande potencial de se tornar alternativa eficiente para a identificação precoce de doadores de oócitos para IVEP. Estudos sobre AMH demonstraram claramente sua utilidade como parte do "pacote de biotecnologia reprodutiva" em algumas espécies, especialmente em seres humanos. Em animais de produção, como bovinos, e principalmente no búfalo, estudos adicionais são necessários para definir a utilidade da AMH não apenas como um bom preditor da AFP, mas também como uma ferramenta chave em programas de biotecnologia reprodutiva em todo o mundo.(AU)
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