Novas abordagens ao tratamento de infertilidade em cadelas
Schäfer-Somi, Sabine
Existem diversas causas de infertilidade em cadelas. Endometriose bacteriana tem provado ser a causa na maioria dos casos e como a incidência de infecção com B. canis em cadelas de reprodução está aumentando, a sorologia para B. canis sempre deve ser realizada. Em casos subclínicos ou de baixo grau de outras infecções bacterianas o tratamento conservador pode ter sucesso com a aplicação repetida de antiprogesterona aglepristone e prostaglandinas sintéticas. Outra causa frequente é o anestro primário ou secundário. Ambas as condições podem ser causadas por diversas doenças, disfunções em órgãos e até mesmo medicamentos. O tratamento da causa geralmente tem sucesso, porém, a indução de estro pode ser bem sucedida em casos individuais. O implante GnRH deslorelina provou ser útil quando implantado no anestro, resultando em taxas de gestação acima de 70%; porém, como efeito colateral, falha lútea pode ocorrer. Condições císticas degenerativas e inflamatórias do útero podem causar infertilidade, reabsorção ou aborto. O diagnostico pode ser melhorado por exame citológico, bacteriológico e histológico de amostras do útero, mas o risco de endometriose e piometria deve ser considerado. O tratamento com antiprogesterona aglepristone e antibióticos de grande espectro é recomendado. Anormalidades da vulva, vestíbulo e vagina, além de distúrbios genéticos de desenvolvimento sexual são raros, mas devem ser excluídos através de exame ginecológico antes da primeira reprodução. Desequilíbrios hormonais como deficiência lútea e hipotireoidismo podem ser primários ou causados por outras doenças e devem ser considerados no caso de falha repetida de gestação. Durante a gestação a substituição de ácido fólico na dieta é importante para prevenir fenda palatina neonatal. Porém, a alimentação com tirosina durante o estro não melhorou o comportamento reprodutor.(AU)
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