Distúrbios uterinos comuns em cadelas: desafios no diagnóstico e tratamento
Schäfer-Somi, Sabine
Ferramentas de diagnóstico para distúrbios uterinos comuns como hiperplasia endometrial cística (CEH), mucometra, hydrometra ou pyometra, além de tratamentos efetivos são discutidos. Hiperplasia endometrial cística (CEH), uma doença degenerativa crônica do endométrio, coincide com a limpeza atrasada dos fluidos uterinos após acasalamento e contrações uterinas reduzidas e perfusão. Como em cadelas com CEH a aderência, colonização e crescimento de bactéria é facilitado, a doença pode ser complicada por inflamação e infecção, que pode ser diagnosticado por amostras uterinas ou biopse do corpo uterino craniano após cauterização transcervical durante o estro. O diagnostico pode também ser feito por exame clínico, ultrassonografia abdominal e uma imagem do sangue (contagem total de células brancas, faixa de neutrófilos, porcentagem de faixa de neutrófilos, neutrófilos segmentados, monócitos e linfócitos, colesterol, albumina). A medida da proteína reativa C e prostaglantina (PG)M podem ajudar a diagnosticar o início de sepse e síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS). O tratamento conservador deve ser restrito a cadelas de reprodução com CEH inicial leve e ciclos regulares, e também quando a operação não é possível. O tratamento escolhido é a administração repetida de antiprogesterona aglepristone combinado com antibióticos de grande espectro. A piometria é causada por bactéria que pertence à flora vaginal fisiológica, e Escherichia coli é o mais envolvido. Sintomas clínicos serão muito variáveis, o diagnostico objetiva a diferenciação rápida entre CEH/piometria inicial e piometria avançada complicada por SIRS e sepse. As possibilidades de diagnostico usuais como vaginoscopia, citologia, exame sonográfico e raio-x podem ser suplementados por uma medida de proteína reativa C e PGM, combinados com uma avaliação do percentual de faixa de neutrófilos. Apenas cadelas com piometria leve e nenhum sinal de intoxicação ou SIRS devem ser tratadas de forma conservadora. Os melhores resultados foram obtidos com antiprogesterona aglepristone, combinado com antibióticos de grande espectro e eventual com prostaglandinas sintéticas ou naturais (PGF2α). A resolução do útero foi alcançada na maioria das cadelas em 4 semanas. A aplicação intravaginal ou peroral do PGE1 está sob investigação.(AU)
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