Membrana plasmática de espermatozoides bovinos: efeito de metabólitos do oxigênio, antioxidantes e criopreservação
Borges, J. CSilva, M. RGuimarães, J. DEsper, C. RFranceschini, P. H
A membrana plasmática é a parte da estrutura do espermatozoide mais susceptível a modificações durante o processo de criopreservação, e sua integridade é fundamental para que os espermatozoides estejam viáveis no momento da fecundação. Sua composição, tipo de fosfolipídeos e quantidade de proteínas são variáveis e influenciam a sensibilidade ao choque térmico. Durante o processo de capacitação, alterações na membrana plasmática são necessárias para que os espermatozoides sejam capazes de efetuar a reação acrossomal e, consequentemente, a fecundação. A presença de metabólitos do oxigênio é necessária para esse processo. No entanto, em excesso, eles são prejudiciais e comprometem a fluidez e a integridade da membrana. Enzimas antioxidantes presentes no plasma seminal e no próprio espermatozoide neutralizam esses metabólitos, evitando estresse oxidativo. Porém, a criopreservação causa desequilíbrio entre produção e neutralização de metabólitos do oxigênio, comprometendo a viabilidade da célula espermática. Na tentativa de amenizar as perdas celulares, diluidores de diferentes composições, inclusive contendo antioxidantes, têm sido testados para a preservação da viabilidade espermática. Esta revisão enfoca a composição lipídica da membrana plasmática do espermatozoide e a produção de metabólitos do oxigênio, relacionando-as com a qualidade espermática de bovinos após o processo de criopreservação e a utilização de diluidores contendo antioxidante.(AU)
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