Eficiência uso da inseminação artificial em búfalos
Baruselli, Pietro SampaioCarvalho, Nelcio Antônio TonizzaJacomini, José Octavio
O uso da Inseminação Artificial (IA) em búfalos pode ser limitado por fatores relacionados à dificuldade de identificação do estro e à determinação do melhor momento para a realização desta biotecnologia. Neste contexto, estudos foram conduzidos para a elaboração de protocolos que permitam o uso da IA sem a necessidade de detecção do estro, ou seja, em tempo fixo (IATF). O conhecimento da dinâmica folicular nessa espécie possibilitou o desenvolvimento de protocolos para controlar as fases folicular e luteínica do ciclo estral e, por fim, a ovulação. Foi verificado que a emergência da onda de crescimento folicular pode ser sincronizada pelos tratamentos com GnRH ou com progesterona/progestágeno (P4) associados ao estradiol (E2). O tratamento com dispositivos/implantes de P4 e com PGF2α controlam a fase luteínica. Ao final do protocolo, sob baixos níveis de progesterona, realiza-se a indução da ovulação com GnRH, ou hCG, ou LH ou E2. Em búfalas inseminadas em tempo fixo o protocolo GnRH/PGF2α/GnRH (conhecido como Ovsynch) tem apresentado resultados satisfatórios (~50% de taxa de prenhez) em animais ciclando durante a estação reprodutiva (outono e inverno). A utilização de P4 associado ao E2, PGF2α, eCG e GnRH possibilita a realização da IATF com aceitáveis taxas de concepção (~50% de taxa de prenhez) em búfalas em anestro sincronizadas fora da estação reprodutiva (primavera e verão). A combinação destes tratamentos de sincronização da ovulação permite o uso da inseminação artificial durante todo o ano, possibilitando o melhoramento genético e a distribuição da concepção e dos partos conforme a demanda do mercado. (AU)
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