Avaliação clínica, hematológica, bioquímica e histopatológica em gatos domésticos (Felis catus) infectados por Leishmania infantum
Batista, Joilson FerreiraMagalhães Neto, Francisco das Chagas RibeiroLopes, Kayo Sandro Pimentel do PradoSousa, Carla Menezes GuimarãesAlcântara, Diana SousaBaêta, Sílvia de Araújo FrançaAlves, Michel Muálem de MoraesMendonça, Ivete Lopes de
Uma alta frequência de leishmaniose felina tem sido relatada em vários países. No entanto, muitas informações sobre a progressão da doença em gatos ainda precisam ser esclarecidas. Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de alterações clinicopatológicas em gatos infectados por Leishmania infantum. Um total de 60 gatos foi dividido em três grupos de 20 animais cada: controle, suspeitos e infectados. Todos os 60 gatos foram submetidos à hemograma e testes bioquímicos. Amostras de soro de 20 animais com leishmaniose também foram utilizadas para diagnosticar o vírus da imunodeficiência felina e o vírus da leucemia felina. Um total de cinco dos animais infectados foram necropsiados para estudo histopatológico. Os principais achados clínicos nos gatos com leishmaniose foram linfadenomegalia (65%), alopecia (55%), lesões ulcerativas na pele e emagrecimento (40%), nódulos cutâneos (25%), redução significativa de hemácias (p=0,0005) e hematócrito (p=0,0007), hiperplasia no baço 4/5(80%), presença de Leishmania no baço 2/5(40%), hepatite 3/5(60%), degeneração hepática 4/5(80%) e nefropatia inflamatória 3/5(60%). Concluiu-se que gatos com leishmaniose apresentaram alterações clínicas, hematológicas e histopatológicas significativas compatíveis com infecção por L. infantum. A observação de linfadenomegalia, emagrecimento, lesões cutâneas e baixa concentração de hemácias, contribui significativamente para o diagnóstico e análise da progressão da leishmaniose felina.(AU)
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