Diversidade endoparasitária e alterações hepáticas em Hoplerythrinus unitaeniatus e Cichlasoma bimaculatum de área quilombola maranhense, Brasil
Silva, Ladilson RodriguesMonteiro, Vitorya Mendes da SilvaPaiva, Izabela AlvesMendes, Juliany SilvaJesus, Greiciene dos Santos deSilva, Marcelo Victor Rodrigues daBezerra, Danilo CutrimCarreiro, Carlos Riedel PortoRibeiro, Larissa Sarmento dos SantosCoimbra, Viviane Correa SilvaBezerra, Nancyleni Pinto Chaves
Objetivou-se avaliar a diversidade de endoparasitos e alterações hepáticas em Hoplerythrinus unitaeniatus (jeju) e Cichlasoma bimaculatum (acará preto) de área quilombola maranhense, Brasil. Assim, 21 H. unitaeniatus e 21 C. bimaculatum foram capturados de ambiente alagável e transportados vivos ao laboratório. Após a eutanásia, procedeu-se à coleta, identificação de endoparasitos e avaliação de alterações hepáticas por meio de análise histológica, baseada na severidade das lesões: (i) alterações de estágio I, não comprometem o funcionamento dos órgãos; (ii) estágio II, lesões mais severas que prejudicam o funcionamento normal dos órgãos; (iii) estágio III, lesões muito severas e irreversíveis. Dos peixes avaliados, 71,43% H. unitaeniatus e 61,90% C. bimaculatum estavam parasitados. Contracaecum sp. foi encontrado nas duas espécies e acantocéfalos apenas em H. unitaeniatus. As alterações hepáticas foram vacuolização, núcleo na periferia das células, deformação do contorno celular, centro de melanomacrófagos, hiperemia, degeneração citoplasmática e vacuolização nuclear. Com o cálculo do índice das alterações, constatou-se que 26,19% dos exemplares apresentaram alterações de estágio I; 38,09% de estágio II e 9,52% de estágio III com a constatação de larvas de Contracaecum sp. encistadas no fígado. Conclui-se que existe alta prevalência de Contracaecum sp., e lesões hepáticas podem ser respostas adaptativas dos peixes à infecção endoparasitária.(AU)
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