Análise do microbioma procarionte de fêmeas e cultura celular embrionária de Rhipicephalus sanguineus linhagens tropical e temperada de duas localidades no Brasil
Departamento de Patologia, Reprodução e Saúde ÚnicaLuzzi, Mayara de CassiaDepartamento de TecnologiaCarvalho, Lucas Amoroso Lopes deDepartamento de TecnologiaPinheiro, Daniel GuarizLima-Duarte, LeidianeDepartamento de Patologia, Reprodução e Saúde ÚnicaCamargo, Jaqueline ValériaDepartamento de TecnologiaKishi, Luciano TakeshiDepartamento de TecnologiaFernandes, Camila CesárioDepartamento de Patologia, Reprodução e Saúde ÚnicaMachado, Rosangela ZacariasSoares, João FábioDepartamento de Patologia, Reprodução e Saúde ÚnicaAndré, Marcos RogérioDepartamento de Patologia, Reprodução e Saúde ÚnicaBarros-Battesti, Darci Moraes
Resumo Duas linhagens de Rhipicephalus sanguineus são conhecidas no Brasil: populações da linhagem temperada ou do sul, e tropical ou do norte. Os padrões de distribuição de ambas as linhagens de R. sanguineus têm implicações epidemiológicas, podendo afetar a competência vetorial de Ehrlichia canis, o agente etiológico da erliquiose monocítica canina. Com a intenção de identificar os microbiomas de ambas as linhagens e comparar microrganismos de R. sanguineus, foi utilizada a metataxonomia, baseada no gene 16S rRNA (região V4-V5), por meio do sequenciamento de nova geração na plataforma MiSeq Illumina. Foram selecionadas amostras de fêmeas do ambiente e cultivo primário de células embrionárias, considerando-se as duas linhagens conhecidas do Brasil. Este é o primeiro estudo que investiga o microbioma procariótico de células de cultura de carrapato. Os resultados mostram que muitos grupos de bactérias detectadas nas amostras são membros típicos do ambiente do hospedeiro. Uma diversidade significativa de microrganismos em fêmeas e cultura de células embrionárias nas duas linhagens de R. sanguineus foi encontrada, com ênfase na presença de Coxiella em todas as amostras, ainda que em diferentes proporções. Possivelmente, as espécies de Coxiella presentes nas duas linhagens de carrapatos são diferentes e co-evoluíram com essas linhagens, conduzindo a diferentes padrões de interação entre carrapatos e patógenos que podem abrigar ou transmitir aos hospedeiros vertebrados.
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