VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Caracterização de um município como livre de leishmaniose visceral canina em um contexto de Saúde Única

Osaki, Silvia CristinaBregonde, Ricardo BabinskiDahm, ViniciusPereira, PriscilaPostai, ClaudomiroCampos, Monique Paiva deFigueiredo, Fabiano Borges

Os cães são os principais reservatórios urbanos da Leishmania infantum, agente causador da leishmaniose visceral (VL), transmitida por vetores conhecidos como flebotomíneos. No Paraná, a primeira detecção de casos positivos caninos ocorreu em 2014, ano em que o Paraná perdeu o status de estado indene. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da leishmaniose visceral canina no município de Palotina, a ocorrência de vetores que possam transmitir Leishmania infantum e o número de notificação de casos de leishmaniose visceral humana, no período de 2010 a 2020. Para determinar a ocorrência da leishmaniose visceral canina, amostras de sangue de 204 cães foram analisadas, utilizando-se o teste rápido (DPP®) para detectar anticorpos anti-L. infantum. Com o objetivo de investigar a ocorrência de potenciais vetores, coletas foram realizadas mensalmente em 18 pontos na área urbana do município. O número de casos de leishmaniose visceral humana foi investigado a partir de registros da Vigilância Epidemiológica. Nenhum cão testado foi positivo no teste sorológico. Apenas dois espécimes de Lutzomyia neivai, uma de Lutzomyia sp. e quatro de Brumptomyia brumpti foram coletados. Nenhum caso de leishmaniose visceral humana foi notificado. Esses resultados sugerem que não há evidência da circulação de L. infantum em Palotina.(AU)

Texto completo