Diagnóstico de situação e marcadores fenotípicos das parasitoses gastrintestinais em ovinos de fazendas localizadas no Distrito Federal: bioma cerrado brasileiro
Moreira, Roberta TavaresDepartamento de Epidemiologia e Planejamento em Saúde AnimalMota, Ana Lourdes Arrais de AlencarDepartamento de Epidemiologia e Planejamento em Saúde AnimalGonçalves, Vitor Salvador PicãoLaboratório de Parasitologia e Doenças ParasitáriasRocha, Gino Chaves daHospital de Grandes AnimaisBorges, José Renato Junqueira
Resumo A presente pesquisa objetivou determinar a intensidade, sazonalidade, predominância de gêneros e marcadores fenotípicos às parasitoses gastrointestinais em fazendas de criação de ovinos do Distrito Federal, no bioma cerrado brasileiro. Foram avaliados 1.271 ovinos oriundos de sete propriedades, durante os períodos chuvoso (dezembro de 2017 e dezembro de 2018) e seco (julho de 2018 e julho de 2019). Procedeu-se a avaliação parasitológica por coprocultura e OPG, dosagem de hematócrito, escore de condição corporal e de fezes. Dos indivíduos avaliados, 34,15% deles apresentaram infecção parasitária moderada a grave. Os fatores de caracterização fenotípica dos rebanhos quanto às infecções helmínticas (p ≤ 0,05), foram: anemia (OR = 5,72),magreza (OR = 1,80), fezes pastosas/diarreicas (OR = 1,54), raças distintas à raça Santa Inês (OR = 2,31), categorias de produção animal "jovens" (OR = 4,76) e "fêmeas paridas" (OR = 4,66), e período seco (OR = 2,37). Haemonchus, Trichostrongylus, Oesophagostomum e Cooperia foram os gêneros de helmintos observados nas seguintes proporções: 76,40%, 20,23%, 2,89% e 0,47%, respectivamente, sem distinção em sua distribuição entre os períodos chuvoso e seco. Mudanças no manejo sanitário com relação às helmintoses são urgentemente necessárias, para um controle da doença de forma mais eficaz e sustentável.
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