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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Múltipla resistência de ciatostomíneos de equinos: um estudo de caso em estabelecimentos militares no Rio Grande do Sul, Brasil

Departamento de Medicina Veterinária PreventivaFlores, Alexandra GeyerDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaOsmari, VanessaDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaRamos, FernandaDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaMarques, Camila BalconiDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaRamos, Denise JaquesDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaBotton, Sônia de AvilaDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaVogel, Fernanda Silveira FloresDepartamento de Medicina Veterinária PreventivaSangioni, Luís Antônio

Resumo O sistema semi-intensivo de criação de equinos favorece infecções por nematoides gastrointestinais. O tratamento dessas infecções é baseado no uso de anti-helmínticos. No entanto, o uso inadequado desses medicamentos levou à resistência parasitária aos princípios ativos disponíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia das principais classes de antiparasitários (ATP), utilizados no controle em animais adultos e jovens, incluindo: benzimidazois (fenbendazol), pirimidinas (pamoato de pirantel), lactonas macrocíclicas (ivermectina e moxidectina), bem como a combinação de ingredientes ativos (ivermectina + pamoato de pirantel). O estudo foi realizado em dois estabelecimentos militares, localizados no Rio Grande do Sul (RS), de janeiro a dezembro de 2018. Os intervalos entre os tratamentos foram realizados de 30 a 90 dias. As avaliações coproparasitológicas foram determinadas pela redução da contagem de ovos nas fezes. Foram identificadas larvas de ciatostomíneos nas coproculturas pré e pós tratamentos. Os resultados demonstraram a resistência parasitária múltipla dos ciatostomíneos ao fenbendazol, moxidectina em animais jovens, febendazole e pamoato de pirantel em animais adultos. Estabelecer o diagnóstico da resistência parasitária auxiliará na elaboração de um controle parasitário profilático, reduzindo o tratamento supressivo com ATP juntamente com alternativas de controle integrado. Dessa forma, o avanço da resistência parasitária poderá ser retardado.

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