Pesquisa sorológica da leishmaniose felina e detecção molecular de Leishmania infantum e Leishmania braziliensis em gatos (Felis catus)
Costa-Val, Adriane Pimenta daCoura, Fernanda MorcattiBarbieri, Jonata de MeloDiniz, LuizaSampaio, AgnesReis, Jenner Karlisson Pimenta dosBueno, Bruna LopesGontijo, Célia Maria Ferreira
Amostras de sangue e swabs da conjuntiva ocular e oral foram obtidas de 64 gatos. Das 64 amostras de soro, 19 foram positivas para anticorpos contra Leishmania por ELISA (29,80%). Oito gatos foram positivos por PCR (12,5%) em amostras de swab da boca e / ou mucosa ocular. Demonstrou-se baixa concordância kappa entre os resultados sorológicos e moleculares (k = 0,16). Das cinco amostras positivas para PCR, uma era L. braziliensis e quatro eram L infantum. A análise filogenética realizada com os cinco isolados de Leishmania, mostrou que amostras de L. infantum, isoladas dos gatos, eram filogeneticamente próximas às isoladas de cães domésticos do Brasil enquanto L. braziliensis era muito semelhante ao descrito em humanos na Venezuela. O estudo demonstrou que, apesar da alta soropositividade para Leishmania, em gatos que vivem na região do estudo, pouca concordância entre os resultados sorológicos e moleculares indica que a sorologia positiva não é indicativa de infecção por Leishmania em gatos. O DNA do parasita pode ser detectado na conjuntiva ocular e nas zaragatoas orais de gatos, indicando que essas amostras podem ser usadas para o diagnóstico. . Resultados de análises filogenéticas mostram que L. infantum, circulando no Brasil, é capaz de infectar diferentes hospedeiros, demonstrando a capacidade do parasita de superar a barreira interespécies.(AU)
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