Infecção por rickettsias do Grupo da Febre Maculosa em cães e carrapatos de áreas de interface doméstico-silvestre no sudeste Brasileiro
Campos, Sabrina Destri EmmerickCunha, Nathalie Costa daMachado, Camila de Souza CerqueiraNadal, Niara VanatSeabra Junior, Eloy SilvaTelleria, Erich LozaCordeiro, Matheus DiasToma, Helena KeikoAlmosny, Nádia Regina Pereira
Rickettsia rickettsii é o agente causador da Febre Maculosa Brasileira (FMB), doença na qual humanos e cães são susceptíveis. Os cães são sentinelas nos inquéritos sorológicos, contudo, a doença canina é raramente descrita. Assim sendo, objetivou-se avaliar a infecção natural por Rickettsia spp. do Grupo da Febre Maculosa (GFM) em cães e carrapatos obtidos de domicílios próximos a fragmentos de mata, caracterizando áreas de interface domésticosilvestre. Amostras de 115 cães e 135 ixodídeos foram avaliadas pela reação em cadeia da polimerase (PCR) tendo como alvo o gene gltA de Rickettsia spp. e o gene ompA das espécies do GFM. Um cão (0,87%; 1/115) foi positivo para R. rickettsii. Este animal apresentou alterações clínicas e laboratoriais inespecíficas (trombocitopenia, hiperproteinemia, linfonodos edemaciados, emagrecimento, anorexia e letargia). Rickettsia parkeri foi identificada em 2,96% (4/135) dos carrapatos (Amblyomma sculptum, A. aureolatum e Rhipicephalus sanguineus). Este estudo confirmou a presença de bactérias do GFM em locais preservados e não endêmicos, onde populações domésticas e silvestres interagem. Reforçamos o fato do cão ser susceptível à infecção natural por R. rickettsii. Embora este seja um achado raro, medidas preventivas devem ser tomadas contra a FMB nas áreas estudadas. Em última análise, a infecção por R. parkeri possivelmente está sendo demonstrada pela primeira vez em A. sculptum.(AU)
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