VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 713-721

Soroprevalência de Rickettsia spp. em gatos de uma área endêmica para a Febre Maculosa Brasileira

Mendes, Juliana Cristina RebonatoKmetiuk, Louise BachMartins, Camila MarinelliCanavessi, Aurea Maria OliveiraJimenez, TatianaPellizzaro, MaysaMartins, Thiago FernandesMorikawa, Vivien MidoriSantos, Andrea Pires dosLabruna, Marcelo BahiaBiondo, Alexander Welker

Espécies de Rickettsia têm sido responsáveis por doenças transmitidas por carrapatos no mundo, a maioria mantida por hospedeiros amplificadores, como as capivaras em áreas endêmicas no Brasil. A Universidade de São Paulo, em Piracicaba, no sudeste do Brasil, é uma área endêmica para a Febre Maculosa Brasileira (FMB), com alta densidade de capivaras e Amblyomma spp., e com casos humanos confirmados. Além de capivaras, a universidade também possui gatos em um abrigo e de vida livre. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e as características associadas com exposição à Rickettsia rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia felis em gatos de área endêmica para a FMB. Dos 51 gatos amostrados, 23/35 (65,7%) do abrigo e 5/16 (31,2%) de vida livre foram positivos (títulos 64) para pelo menos uma Rickettsia spp. Carrapatos estiveram presentes em 3/16 (18,8%) gatos de vida livre, representados por Amblyomma spp., ninfas de Amblyomma sculptum e adultos de Rhipicephalus sanguineus sensu lato. Apesar de compartilharem o ambiente com capivaras, os gatos amostrados foram igualmente ou menos expostos à infecção riquetsial do que os gatos com proprietário em outras áreas endêmicas, podendo ser usados como sentinelas para exposição humana à riquétsias nessas áreas.(AU)

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