Investigação e análise ambiental de amostras oriundas de surto de toxoplasmose em uma instituição de pesquisa em Londrina, Paraná, Brasil, 2016
Pinto-Ferreira, FernandaMitsuka-Breganó, ReginaMonica, Thais CabralMartins, Felippe Danyel CardosoMatos, Ricardo Luís Nascimento deMareze, MarcelleNino, Beatriz de Souza LimaNarciso, Simone GaraniFreire, Roberta LemosNavarro, Italmar Teodorico
O objetivo deste estudo foi relatar um surto de toxoplasmose humana em uma instituição de pesquisa em Londrina, Paraná, no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016. Amostras de sangue de 26 indivíduos sintomáticos foram coletadas e o imunoensaio de quimioluminescência de micropartículas foi realizado para detectar IgM, IgG e teste de avidez de IgG específica em laboratório oficial. Um total de 20 pessoas com sintomas e sorologia compatíveis com toxoplasmose aguda (IgM positiva e IgG com baixa avidez) foi selecionado como casos, enquanto 45 funcionários assintomáticos que trabalhavam nas mesmas equipes e durante os mesmos turnos foram utilizados como controles. Todos os participantes da investigação responderam a um questionário epidemiológico. Foram coletadas três amostras de água e uma de lodo das cisternas de abastecimento da instituição, 10 de solo, 11 de vegetais, três amostras de fezes de gato e um cadáver de filhote felino doméstico para detecção de T. gondii pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Após análise dos dados epidemiológicos, o consumo de hortaliças no restaurante da instituição foi a única variável associada à ocorrência da doença. Em resultados laboratoriais, todas as amostras apresentaram resultados negativos a PCR. O rápido reconhecimento do surto, notificação e investigação prematura poderia ter quebrado a cadeia de transmissão, evitando assim o surgimento de novos casos. Além disso, a adoção de boas práticas de manipulação de alimentos poderia ter impedido a ocorrência do surto.(AU)
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