Aspectos clínicos e terapêuticos de um surto de tripanossomíase canina
Echeverria, Jessica TelesSoares, Rodrigo LeiteCrepaldi, Beatriz AléssioOliveira, Gustavo Gomes deSilva, Polyana Mayume Pereira daPupin, Rayane ChitolinaMartins, Tessie BeckCleveland, Herbert Patric KellermannRamos, Carlos Alberto do NascimentoBorges, Fernando de Almeida
A tripanossomíase causada por Trypanosoma evansi pode acometer gravemente os animais domésticos e selvagens. Este artigo relata um surto de tripanossomíase canina em uma fazenda na região do Pantanal, Brasil. Na fazenda havia 38 cães, 20 dos quais morreram antes de receber cuidados veterinários. Os 18 cães restantes foram submetidos a anamnese, exame clínico, avaliação hematológica e bioquímica. Esfregaços de sangue e análise da PCR foram realizados para o diagnóstico. Os protocolos de tratamento foram utilizados de acordo com a recuperação clínica ou cura parasitológica dos cães, utilizando diaceturato de diminazeno, cloreto de isometamídio ou sulfato de quinapiramina. A avaliação parasitológica pós-tratamento foi realizada pela técnica de microhematócrito. 7/18 cães foram PCR positivos para T. evansi (confirmado por sequenciamento). Os achados clínicos encontrados, foram consistentes com os estágios agudo e crônico da doença em cães. Todos os cães infectados exibiram pelo menos um sinal clínico da doença. Os achados hematológicos foram compatíveis com a tripanossomíase, destacando a anemia microcítica hipocrômica como principal consequência. Nenhum protocolo de tratamento foi totalmente eficaz e o uso prolongado de diaceturato de diminazeno causou a morte de um animal. A tripanossomíase pode causar altas taxas de morbidade e mortalidade em cães e dificultar o estabelecimento de um protocolo terapêutico eficaz e seguro.(AU)
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