Micoplasmas hemotróficos em gatos naturalmente infectados no Nordeste do Brasil
Munhoz, Alexandre DiasSimões, Izabela Garcia Pinto CoelhoCalazans, Ana Paula FernandesMacedo, Ludimila SantosCruz, Rebeca Dálety SantosLacerda, Luciana CarvalhoSaid, Roueda AbouAndré, Marcos Rogério
Objetivou-se com este estudo determinar a prevalência, fatores associados, achados laboratoriais (com e sem coinfecção com retrovírus) em gatos naturalmente infectados por hemoplasmas no Nordeste do Brasil. Selecionou-se, por conveniência, 200 gatos domiciliados, hígidos, sendo colhidas amostras de sangue para realização do hemograma, bioquímica sérica, imunocromatografia e nested-PCR para FIV e FeLV, e PCR para identificação dos hemoplasmas. Uma entrevista foi realizada para determinação dos fatores associados aos hemoplasmas. A frequência de positividade foi de 35,5% (71/200). Infecções isoladas foram observadas em 12,5% dos animais para 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 12% para Mycoplasma haemofelis e 3% para 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. Quanto a co-positividades, 2% dos animais foram positivos para M. haemofelis e 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 1,5% foram positivos para M. haemofelis e 'Candidatus Mycoplasma turicensis', e 4,5% foram positivos para 'Candidatus Mycoplasma haemominutum' e 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. Não foram observadas alterações clínicas ou laboratoriais nos animais positivos para retrovírus e hemoplasmas, concomitantemente. A região periurbana foi identificada como fator de risco associado a M. haemofelis. Enquanto o contato com outros gatos e a infecção por 'Candidatus Mycoplasma turicensis' foi associado à 'Candidatus Mycoplasma haemominutum'. Este estudo indica que a presença dos agentes da micoplasmose hemotrópica felina é comum no Nordeste brasileiro.(AU)
Texto completo