Crescimento, mortalidade e susceptibilidade de ostras Crassostrea spp. à infecção por Perkinsus spp. em cultivo no Nordeste do Brasil
Scardua, Marcos PaivaVianna, Rogério TubinoDuarte, Sâmia SousaFarias, Natanael DantasCorreia, Maria Luíza DiasSantos, Helen Taynara Araújo dosSilva, Patricia Mirella da
Crassostrea rhizophorae e C. gasar são cultivadas na região Nordeste. Parasitas Perkinsus infectam bivalves e seus efeitos em ostras de regiões tropicais são pouco compreendidos. Este estudo avaliou o impacto da infecção por Perkinsus em parâmetros de produção de ostras nativas. Ostras foram coletadas bimestralmente durante 7 meses, de julho de 2010 a fevereiro de 2011, para avaliar crescimento, mortalidade e padrão de coloração da concha (branca e cinza-escura) (n = 500); além da presença e intensidade de Perkinsus (n = 152). Perkinsus e Crassostrea foram identificados por abordagem molecular. Os resultados mostraram que as ostras cinza-escuras (90%, n = 20) e brancas (67%, n = 18) eram C. gasar e C. rhizophorae, respectivamente. As ostras mostraram uma boa taxa de crescimento e mortalidade acumulada moderada (44%). C. gasar cresceu melhor com menor mortalidade e menor incidência de Perkinsus que C. rhizophorae. A prevalência média de Perkinsus foi moderada (48%), mas a intensidade de infecção foi leve (2,2). A perkinsiose afetou ostras pequenas (19,4 mm). Em conclusão, ostras nativas, especialmente C. gasar, têm grande potencial de produção; sem mortalidade associada à perkinsiose; e, a cor da concha pode ser usada para melhorar a seleção de sementes com melhor desempenho.(AU)
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