Avaliação da transmissão transplacentária do Neospora caninum em bovinos de leite na região Agreste de Pernambuco
Ramos, Inalda Angélica de SouzaSilva, Rafael José daMaciel, Thiago ArcoverdeSilva, José Augusto Bastos Afonso daFidelis Junior, Otavio LuizSoares, Pierre CastroMachado, Rosangela ZacariasAndré, Marcos RogérioMendonça, Carla Lopes de
Resumo A transmissão transplacentária é a principal via de infecção do Neospora caninum nos rebanhos bovinos em todo o mundo. O presente estudo teve como objetivo determinar a frequência da transmissão transplacentária do parasita em bovinos leiteiros do Agreste Pernambucano, por meio de testes sorológicos (RIFI e ELISA). Foram analisadas 316 amostras de soro de fêmeas bovinas (vacas e novilhas) e de suas crias. A taxa de transmissão transplacentária pela RIFI foi de 72,22% (13/18) para vacas e 69,23% (9/13) para as novilhas. O ELISA teste mostrou taxa de transmissão transplacentária de 43,58% (17/39) para as vacas e 50% (9/18) para as novilhas. As taxas de transmissão transplacentária foram similares para os dois testes em geral, porém uma maior soropositividade foi encontrada nas vacas pela RIFI. Os dados foram estatisticamente analisados pelo teste de qui-quadrado e teste exato de Fischer. Foi encontrada uma relação significativa de dependência entre a soropositividade das mães e de suas crias. Os títulos de anticorpos anti- N. caninum foi de 200 na RIFI e posicionados entre o nível quatro (vacas) e cinco (novilhas e bezerros) pelo ELISA. Pela correlação de Spearman, não foi observada associação entre a magnitude de títulos de anticorpos anti- N. caninum de fêmeas com o de suas crias. O teste de concordância kappa revelou um índice de 0,35, indicando uma concordância leve entre os testes sorológicos utilizados. O estudo sugere que vacas e novilhas são as principais transmissoras do N. caninum na região estudada, sendo a transmissão vertical, a principal forma de transmissão do agente em rebanhos leiteiros do Agreste de Pernambuco.(AU)
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