VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 441-449

Alterações hematológicas associadas à infecção por hemoplasmas em gatos do Rio de Janeiro, Brasil

Raimundo, Juliana MacedoGuimarães, AndresaRodrigues, Raisa BraulBotelho, Camila Flávia MagalhãesPeixoto, Maristela PeckelPires, Marcus SandesMachado, Carlos HenriqueSantos, Huarrisson AzevedoMassard, Carlos LuizAndré, Marcos RogérioZacarias Machado, RosangelaBaldani, Cristiane Divan

Resumo Este estudo teve por objetivo detectar Mycoplasma spp. em gatos naturalmente infectados do Rio de Janeiro e avaliar as alterações hematológicas e fatores associados à infecção. Dos 197 gatos amostrados, 11,2% apresentaram estruturas compatíveis com hemoplasmas em esfregaços de sangue. Em contraste, 22,8% foram positivas para Mycoplasma spp. por meio da reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR), baseado no gene 16S rRNA, o que reflete a fraca concordância entre as técnicas. As taxas de infecção, por meio da reação em cadeia da polimerase convencional baseada no gene 16S rRNA, foi de 4,6%, 4,6% e 11,7% para Mycoplasma haemofelis (Mhf), 'Candidatus Mycoplasma turicensis' (CMt) e 'Candidatus Mycoplasma haemominutum' (CMhm), respectivamente. Infecção por Mhf e CMhm foram mais frequentes no verão (p> 0,05). Anemia (p 0,02), linfocitose (p 0,03), trombocitopenia (p 0,04), e presença de monócitos ativados (p 0,04) foram associados à infecção por Mhf. Nenhuma alteração hematológica foi associada à infecção por CMt ou CMhm. Gatos machos estão mais propensos à infecção por Mhf ou CMhm (p 0,01). Gatos adultos têm maiores chances de se infectarem por CMhm. Há ocorrência de três espécies de hemoplasmas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e Mhf parece ser o mais patogênico, tendo a anemia como principal alteração hematológica.(AU)

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