Infecção por riquétsias em carrapatos de aves silvestres em duas ecorregiões da Argentina
Flores, Fernando SebastiánCosta, Francisco BorgesNava, SantiagoDiaz, Luiz AdriánLabruna, Marcelo Bahia
Resumo Algumas espécies de Rickettsia transmitidas por carrapatos são reconhecidos como patógenos humanos na Argentina. Este presente trabalho avaliou a infecção por Rickettsia em carrapatos coletados em aves passeriformes, durante 2011-2012, em duas ecorregiões da Argentina. Os carrapatos foram processados pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento de DNA de dois genes de Rickettsia: gltA e ompA. Ao todo, 594 amostras de carrapatos (532 larvas e 62 ninfas), representando pelo menos 4 espécies (Amblyomma tigrinum, Ixodes pararicinus, Haemaphysalis juxtakochi, Haemaphysalis leporispalustris), foram avaliadas. Pelo menos uma larva de A. tigrinum, coletada de Coryphospingus cucullatus no Chaco Seco, estava infectada com Rickettsia parkeri, enquanto pelo menos 12 larvas e 1 ninfa de I. pararicinus, coletadas de Troglodytes aedon, Turdus amaurochalinus, Turdus rufiventris, C. cucullatus e Zonotrichia capensis estavam infectadas com Rickettsia sp., geneticamente relacionada a vários endossimbiontes riquetsiais de carrapatos do complexo Ixodes ricinus. R. parkeri é reconhecidamente um patógeno humano em alguns países americanos, incluindo a Argentina, onde um estudo recente incriminou A. tigrinum como um provável vetor. Aves poderiam desempenhar um papel importante na dispersão de carrapatos A. tigrinum infectados por R. parkeri. Em adição, relata-se pela primeira vez a infecção por Rickettsia em I. pararicinus.(AU)
Texto completo