Pesquisa de agentes transmitidos por carrapatos em cães de Lábrea, Amazonas: achados acidentais de Dirofilaria immitis
Soares, Herbert SousaCamargo, Luis Marcelo AranhaGennari, Solange MariaLabruna, Marcelo Bahia
Amostras de sangue foram coletadas de 99 cães domésticos de áreas urbana e rural do município de Lábrea, estado do Amazonas. Soros caninos foram testados pela técnica de imunofluorescência indireta contra Rickettsia spp., resultando em apenas 3,0% (1/33) e 7,6% (5/66) de cães soropositivos nas áreas urbana e rural, respectivamente. DNA foi extraído do sangue canino e testado por diferentes protocolos da PCR para detecção de protozoários dos gêneros Babesia e Hepatozoon, e bactérias dos gêneros Rickettsia e Ehrlichia e da família Anaplasmataceae. Todas as amostras foram negativas nos protocolos de PCR para os gêneros Babesia, Hepatozoon, Ehrlichia e Rickettsia. Para Anaplasmataceae, 3% (1/33) e 39,4% (26/66) dos cães de áreas urbana e rural, respectivamente, geraram sequências de DNA 100% idênticas ao endosimbionte Wolbachia de Dirofilaria immitis. Posteriormente, as amostras foram testadas pela PCR para nematódeos filarídeos, resultando em 18,2% (6/33) e 57,6% (38/66) de amostras positivas nas áreas urbana e rural, respectivamente. Os produtos geraram sequências de DNA 100% idênticas a D. immitis. Em contraste com várias outras regiões do Brasil, infecções transmitidas por carrapatos foram raras em Lábrea. Por outro lado, as frequências de infecção por D. immitis estiveram entre as mais altas relatadas na América do Sul.
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